X
BUSCA
QUEM SOMOS
ASSOCIADAS
NOTÍCIAS
VISÃO APROBIO
VÍDEOS
LINHA DO TEMPO
ENTRE EM CONTATO
ASSESSORIA DE IMPRENSA
21 mar 2023

Câmara Setorial discute importância do biodiesel para produção de alimentos  

Mercado já reconhece o impacto positivo que o biodiesel provoca para a produção de alimentos. Isso ocorre porque sua produção gera o aumento de oferta e consequente queda no preço de farelo para ração, item de custo para os produtores de proteína animal. Estudo avaliou que a cada 1 ponto percentual a mais na mistura de biodiesel ao diesel são R$ 3,5 bilhões de redução de custo da produção de proteínas animais (frangos, ovos, suínos e peixes), o que enseja redução de 0,05 p.p. no IPCA. Ou seja, quanto mais biodiesel, mais barato ficará o preço da carne.

O tema foi tratado durante a 47ª Reunião Ordinária da Câmara Setorial da Cadeia Produtiva de Oleaginosas e Biodiesel (CSOB) realizada nesta segunda-feira (20/03), em Brasília (DF). “Importante criar um grupo de trabalho com a equipe da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) para ampliar essa conexão entre produção de biodiesel e segurança alimentar”, destacou Julio Cesar Minelli, Diretor Superintendente da APROBIO. Segundo Minelli, a assistência técnica que o setor confere à agricultura familiar por meio dos compromissos estabelecidos no Selo Biocombustível Social também apoia o agricultor em outras culturas além daquelas que oferecem matéria-prima para o biodiesel.

A Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), entidade representativa da avicultura e da suinocultura do Brasil – dois setores com o maior consumo de farelo de soja no Brasil – destacou em ofício enviado para o Ministério da Agricultura, o total apoio para o incremento da mistura obrigatória de biodiesel ao diesel de petróleo. “Para o setor de proteína animal, tal proposta tem efeito importante sobre o quadro de custos de produção. O gradativo aumento da demanda por biodiesel gera, por consequência, incremento na oferta interna de farelo de soja – um dos insumos mais relevantes para a produção avícola e suinícola. Mais oferta pode significar menor pressão de mercado sobre preços de insumos, podendo resultar em benefícios diretos para o consumidor final”, destaca o documento.

“Todos esses aspectos devem ser considerados para demonstrar a importância do biodiesel para a produção de alimentos e para a economia nacional”, concluiu Minelli.

Selo Biocombustível Social

Após a reunião do Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) que aprovou, na sexta-feira (17/3), o aumento para 12% da mistura de biodiesel ao diesel vendido no Brasil, a partir de abril deste ano, o ministro de Minas e Energia Alexandre Silveira afirmou que o Conselho estabeleceu metas para o valor efetivo destinado ao fomento e aquisições provenientes do Programa Selo Biocombustível Social de pelo menos 10% em 2024; 15% em 2025; e 20% a partir de 2026 com o objetivo de garantir um aumento crescente da agricultura familiar nas regiões Norte, Nordeste e semiárido do país.

Para regulamentar a medida, o colegiado definiu o prazo de cento e vinte dias para publicação de Portaria Interministerial do Ministério de Minas e Energia e do Ministério do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar. A Câmara Setorial considerou a importância de adequar sua atuação ao novo alinhamento político estabelecido para o programa do Selo.

Diversificação de matérias-primas

Identificar propostas de políticas públicas que fomentem o desenvolvimento de novas cadeias produtivas é o objetivo de grupo de trabalho coordenado pela APROBIO, que busca identificar, sob a ótica do agricultor e demais elos das cadeias, os estímulos necessários para destravar o enorme potencial produtivo e a diversificação de culturas como fonte de insumos para a indústria do biodiesel e que certamente beneficiará outros setores da economia.

Av. Brigadeiro Faria Lima, 1903
conj. 91 - Jd. Paulistano
01452-911 - São Paulo - SP
+55 11 3031.4721